Medos
Tenho muito medo de mim
e um pouco de você.
Pois vi que sou desconhecida de mim,
não me conheço mais, estou estranha demais.
Por que será que estou assim
com tantas inquietações?
Minhas respostas acabaram,
as perguntas aumentaram
e pra elas não há solução!
Sinto um medo tamanho,
vem crescendo no meu peito,
será que de ser feliz ainda tenho direito?
Ah, se eu pudesse agora,
desvendar os teus mistérios,
elucidar teus segredos e saber dos teus medos...
Tenho muito medo de tudo:
de que o sonho se acabe,
que o real vire ilusão,
que você se perca no espaço,
que o tempo seja carrasco e dê cabo de mim.
Tenho mais medo dos preconceitos,
medo de ser mal interpretada,
de ser uma história acabada
e não ter direito a nada.
Tenho medo,
pois não sei o que é certo ou errado,
não sei se na minha vida,
ainda há tempo de ser feliz,
de sonhar, recomeçar.
Tenho muito medo de transpor a tênue linha
que separa a realidade da fantasia
e viver pra sempre uma utopia.
Tenho medo de ser apenas mais uma em tua vida,
ou nenhuma, ou ninguém.
Sinto um medo imenso, que invade todo meu ser,
toma conta dos meus pensamentos,
anula a minha vontade,
me domina, me deixa sem rumo
e que me roube essa tal felicidade.
O medo se agiganta, toma forma,
e vem vindo, vem vindo...
e sinto-me tão pequena
e como um grão de areia,
não dá pra fazer nada.
Fujo. Não há tempo de esperar.
Tenho medo, não queria recuar, e sim avançar,
chegar e afinal descansar.
Tenho mais medo ainda de acordar
e ver que tudo não passou de um belo sonho...
Tenho medo dos meus medos...
Até quando terei medo?
by//Vilma Nunes
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