A moça da janela
Naquela rua comprida,
Naquela casa singela,
Mora uma moça tão triste,
Que vê a vida passar,
Da sua janela...
Fica a moça na janela
Olhando tudo que passa,
Passa tanta coisa bonita,
Tanta coisa passa nela...
Passa o riso, a esperança,
Passa a morte, passa a vida,
Passa até felicidade!
Mas a moça da janela,
Com os olhos rasos d´água,
Só fica olhando, mais nada...
Passa gente apressada,
Criança em debandada,
Passa os jovens namorados,
Passa a mãe e a filharada,
Passa o velho e a velhinha,
Ali só não passa boi, nem boiada...
Passa a menina bonita,
Brincando com a meninada,
Está feliz, pois sorri,
E a moça da janela
Querendo ser ela...fica.
Passa o menino sapeca,
Correndo atrás do cãozinho,
Está feliz, bem se vê...
E a moça da janela
Torcendo por ele...fica.
Passa a mocinha faceira,
Com seu namorado abraçada,
Tão felizes, sorridentes...
E a moça da janela,
Com muita inveja...fica.
Passa a mulher apressada,
Entretida em seus pensamentos,
Deve ter algum problema,
Nem vê a moça na janela,
Que fica ali, pensando nela...
Passa o humilde gari,
Quase corre contra o tempo,
De cabeça baixa, coitado...
E a moça da janela
Com pena dele...fica.
Passa o esperado carteiro,
Que nem sempre traz boas novas,
Ele passa,
Mas não traz nenhuma carta pra ela...
E a moça da janela
Cada vez mais triste...fica.
Passa o velhinho franzino,
Tão devagar...olha a moça com carinho,
Fala bom dia, como vai...
Mas segue o seu caminho, não fica.
Só fica a moça na janela,
Que orando por ele...fica.
Em frente àquela janela,
Passa tudo, todo dia,
Só ainda não passou,
Um certo moço portuga...
Ela espera todo dia,
Todo dia ela espera,
Que num certo dia qualquer,
Ele ainda passe por lá...
Mas como bom portugûes,
Descansado, sossegado,
Ainda por lá não passou...
E a moça da janela
Com muita saudade...fica.
Mas se ele passar por lá,
A moça da janela,
Bem feliz com certeza ficará,
E vai saindo atrás dele,
Ou ele fica por lá...
Diz a lenda que esta história,
Bem pode ser verdadeira...
Dizem que o tal gajo
Um dia por lá passou
E a moça pra bem longe ele levou...
Dizem que estão Goiás,
Em Portugal ou em Londrina,
Ou será lá em Minas?
Sei apenas que aquela moça triste,
Daquela casa singela,
Naquela rua comprida...
Nunca mais vi na janela...
Vilma Nunes
Naquela casa singela,
Mora uma moça tão triste,
Que vê a vida passar,
Da sua janela...
Fica a moça na janela
Olhando tudo que passa,
Passa tanta coisa bonita,
Tanta coisa passa nela...
Passa o riso, a esperança,
Passa a morte, passa a vida,
Passa até felicidade!
Mas a moça da janela,
Com os olhos rasos d´água,
Só fica olhando, mais nada...
Passa gente apressada,
Criança em debandada,
Passa os jovens namorados,
Passa a mãe e a filharada,
Passa o velho e a velhinha,
Ali só não passa boi, nem boiada...
Passa a menina bonita,
Brincando com a meninada,
Está feliz, pois sorri,
E a moça da janela
Querendo ser ela...fica.
Passa o menino sapeca,
Correndo atrás do cãozinho,
Está feliz, bem se vê...
E a moça da janela
Torcendo por ele...fica.
Passa a mocinha faceira,
Com seu namorado abraçada,
Tão felizes, sorridentes...
E a moça da janela,
Com muita inveja...fica.
Passa a mulher apressada,
Entretida em seus pensamentos,
Deve ter algum problema,
Nem vê a moça na janela,
Que fica ali, pensando nela...
Passa o humilde gari,
Quase corre contra o tempo,
De cabeça baixa, coitado...
E a moça da janela
Com pena dele...fica.
Passa o esperado carteiro,
Que nem sempre traz boas novas,
Ele passa,
Mas não traz nenhuma carta pra ela...
E a moça da janela
Cada vez mais triste...fica.
Passa o velhinho franzino,
Tão devagar...olha a moça com carinho,
Fala bom dia, como vai...
Mas segue o seu caminho, não fica.
Só fica a moça na janela,
Que orando por ele...fica.
Em frente àquela janela,
Passa tudo, todo dia,
Só ainda não passou,
Um certo moço portuga...
Ela espera todo dia,
Todo dia ela espera,
Que num certo dia qualquer,
Ele ainda passe por lá...
Mas como bom portugûes,
Descansado, sossegado,
Ainda por lá não passou...
E a moça da janela
Com muita saudade...fica.
Mas se ele passar por lá,
A moça da janela,
Bem feliz com certeza ficará,
E vai saindo atrás dele,
Ou ele fica por lá...
Diz a lenda que esta história,
Bem pode ser verdadeira...
Dizem que o tal gajo
Um dia por lá passou
E a moça pra bem longe ele levou...
Dizem que estão Goiás,
Em Portugal ou em Londrina,
Ou será lá em Minas?
Sei apenas que aquela moça triste,
Daquela casa singela,
Naquela rua comprida...
Nunca mais vi na janela...
Vilma Nunes
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